Chamamos-lhe Moliére

É idoso, cego e absolutamente adorável. Foi atirado para a rua. Estava na rua, em completo desamparo.

Há dias em que é especialmente difícil acreditar na real capacidade de evolução da espécie humana.

São dias como aquele em que um cão que viveu a vida toda dentro de uma casa é atirado para a rua. Como se fosse uma cadeira partida. Um electrodoméstico avariado. 

O que fizeram ao Moliére é crime. É grave que os criminosos continuem impunes. De que valem as leis se não são cumpridas?

Mas nós sabemos que os seres humanos também são capazes do melhor e por isso mostramos aqui o olhar cego e doce do Moliére, na esperança de que alguém possa acolhê-lo.

Por favor, amigos, partilhem a história do Moliére. E, se puderem acolhê-lo, contactem [email protected]. Ou passem pela União Zoófila para conhecê-lo.

Não permitam que ele passe o resto dos dias dele num canil, rodeado pelos latidos de outros 500 cães. E sempre tão triste