Uma casa para o Elvis, gatinho FIV e Felv positivos

Confessamos: nós, seres humanos que fazem a União Zoófila, não gostamos de todas as pessoas, não gostamos mesmo nada das que abandonam animais, mas gostamos de todos os cães e de todos os gatos.

O Elvis é como nós, mas ao contrário. O Elvis gosta de todas as pessoas, mas odeia os outros gatos. Por isso, tem de viver sozinho. E é triste. Porque viver sozinho numa associação que cuidado de quase 200 gatos (sem contar com 500 cães) é passar todos os dias e todas as noites num espaço muito pequeno.

O Elvis foi encontrado na rua. Foi ele quem se aproximou, com miaus e turrinhas. Não era ainda o gato lindo que aqui vêem. Era magro, com falhas de pêlo, com poucas forças já.

O Elvis foi acolhido na União Zoófila. Foi testado e revelou-se portador dos vírus FIV e Felv. Um é uma espécie de sida felina. O outro uma espécie de leucemia felina.

Sucede que ser portador de tais vírus não é uma sentença de morte imediata ou vida em sofrimento. Não. Nem pensar! Os gatos nesta condição podem viver muitos anos, sem sintomas.

Mas o Elvis ataca os outros gatos. Não pode viver em gatil. Por isso, vive na Enfermaria.

O Elvis faz tudo para despertar a atenção, para desviar o nosso olhar no sentido daquela pequena boxe rés ao chão onde vive.

O Elvis deita-se de costas, mostrando a barriga.

O Elvis mia.

O Elvis enfia a patinha entre as grades, como quem diz ‘anda cá, dá-me festas.’

O Elvis é irresistível.

Infelizmente, num abrigo com quase 700 animais a pedir atenção, o tempo para o carinho dedicado ao Elvis é quase o de um piscar de olho. E o Elvis volta à boxe. 

Por isso, pedimos uma casa de acolhimento para o Elvis.

É importante que quem o acolha não tenha outros gatos, porque o Elvis não tolera os da sua espécie.

Compreendemos que pode ser complicado assumir a responsabilidade por um gato FIV e Felv, principalmente por quem não está muito familiarizado com estas patologias.

Por isso, a União Zoófila continuará a garantir a alimentação e todos os cuidados médico-veterinários que de o Elvis venha (ou não) a necessitar.

Para que a relação com a associação se mantenha próxima, é importante que quem venha a mostrar disponibilidade para acolher o Elvis more na zona de Lisboa. Trabalhamos com hospitais e clínicas na zona de Lisboa.

Notem que o FIV e o Felv não se transmitem aos seres humanos.

Ou a Daniela, a humana na imagem, voluntária na União Zoófila, estava morta. 

Aliás, estávamos quase todos mortos na União Zoófila. Porque não resistimos a dar beijinhos ao Elvis.  E estamos vivinhos da silva. Mas estaríamos muito mais felizes se conseguíssemos arranjar uma casa para o Elvis. 

Podem ajudá-lo? Por favor? Ele agradece-vos com bejinhos virtuais no nariz.

Hoje, domingo, é dia de visitar os gatos ao cuidado da União Zoófila.

Passem por lá, entre as 14h00 e as 17h00.

Ou contactem 965512264 (responsável pela adopção/acolhimento do Elvis) ou [email protected]